O que é aprendizagem ativa?

Há seis anos, quando iniciei um desafio profissional na área da gestão da qualidade, me deparei com uma necessidade que mudaria a minha vida. De forma rápida, precisei me ambientar para dar conta do recado: imergir num processo de mudança de cultura em uma organização que estava implementando a gestão da qualidade.

Foi nesse momento que descobri a importância e potência de definir um processo de engajamento aliado à transmissão de novos conhecimentos. Por quê? Tínhamos um objetivo para alcançar e uma cultura nativa para transformar, e tudo isso se conectava.

Ficou claro que o trabalho precisava fazer sentido para as pessoas que seriam impactadas, assim como todo o processo precisava ser o menos dolorido possível, já que haveria mudanças. Foi aí que surgiu o meu momento “eureca”, de carregar a gestão da mudança com muitas doses de aprendizado, na linguagem adequada e personalizada para cada grupo de indivíduos, colocando seus valores e suas necessidades no centro de toda a transformação.

Sim, ali tive meus primeiros contatos com os conceitos de aprendizagem ativa, mesmo sem saber ao certo o que era e se funcionaria. Fato é que fez muito sentido para mim, então, segui em frente. Os resultados foram incríveis e, até hoje, sou lembrado pelos instrumentos e mecanismos de interação adotados.

O que eu disse até aqui fez sentido para você? Estamos prontos para avançar? Antes, é fundamental entender que um processo de aprendizagem – complementando a definição do Canal do Educador – é a mudança de comportamento por meio da experiência construída com base em fatores emocionais, neurológicos, relacionais, ambientais e suas interações com conhecimento adquirido.

As metodologias tradicionais, como sabemos, trabalham com o aluno ou profissional via exposição contínua de conteúdo: um transmissor é o centro das atenções, o receptor é passivo, e, em algum momento, a absorção desse conteúdo será mensurada pelo olhar sobre um único padrão de respostas, desenvolvidas por esse mesmo padrão.

Organizações, escolas e universidades se deparam com um desafio daqueles. Em meio a um turbilhão de mudanças, ressignificar antigos conceitos e desenvolver novas abordagens para acompanhar novos tempos. Ou você discorda que o processo de aprendizado de uma criança é diferente de um adulto, que, por sua vez, pode ser influenciado pela sua cultura, estrutura familiar, região de vivência? Nesta reflexão, concentraremos energia no processo de aprendizagem corporativa, uma das especialidades da Undertake.

As metodologias ativas de aprendizagem chegam para mudar cenários relativos à educação. O método coloca os indivíduos em um papel central nesse processo; ele sai da posição de “recebedor de informações” e passa a ser o principal responsável por aprender.

É aí que encontramos a primeira e maior conquista (que, inclusive, senti na pele!), ou seja, conhecer a sua própria forma de pensar, aprender e se empoderar no ambiente de aprendizado.

Quantas vezes você participou, ministrou ou financiou um treinamento corporativo e, no fim da jornada, não conseguiu afirmar se o conhecimento foi retido ou, ainda, se será aplicado?

Topa conhecer alguns métodos ativos, simples de aplicar e que farão sua empresa conquistar resultados mais assertivos em treinamentos? Eles estão aqui!

• Aprendizagem baseada em projetos: a metodologia faz com que as pessoas construam seus saberes de forma colaborativa, por meio da solução de desafios. É mão na massa. Necessário se esforçar para criar, explorar e testar as hipóteses a partir da sua própria vivência e a das colegas. O uso de recursos é ilimitado –vídeos e até fóruns digitais –, além de propor atividades que envolvam elementos concretos, como cartazes e maquetes. O objetivo é estimular que se busque o saber por si mesmo, com a mentoria do instrutor, responsável por feedbacks e apontamento dos erros e acertos ao longo do processo.

• Aprendizagem baseada em problemas: focada na parte teórica da resolução de casos. O método promove a interdisciplinaridade e propõe a construção de conhecimento por meio de debates e discussões em grupo. A participação de cada um se torna essencial, incentivando o trabalho em grupo. A comunicação entre saberes de diferentes áreas, culturas e experiências é o ponto forte da construção do conhecimento.

• Gamificação: aplicada, principalmente, para fortalecer o engajamento, motivar a ação, promover a aprendizagem ou resolver problemas de modo criativo. É uma excelente maneira de quebrar resistências diante de temas complexos, já que elementos lúdicos aproximam pessoas e informações. Quer saber? Esse método é um dos meus preferidos e, clicando aqui, você confere conteúdo que desenvolvi para o Dia Mundial da Criatividade - gamificar sem segredos. Vale a pena!

• Sala de aula invertida: enquanto o modelo tradicional traz o professor para uma aula expositiva – explica a matéria no quadro para que os alunos façam depois, sozinhos, a lição de casa –, aqui, a lógica se inverte: primeiro, o aluno faz a internalização dos conceitos essenciais e, depois, junto à turma, discute os conhecimentos adquiridos e tira possíveis dúvidas com a orientação do professor.

Aposto que, agora, você está se perguntando os benefícios desses métodos para o desenvolvimento das suas equipes, acertei? Já lhe digo: são muitos!

• Desenvolvimento de iniciativa e autonomia

• Aprimoramento da confiança e da autoestima

• Valorização e naturalização do aprendizado

• Melhoria da capacidade de resolver problemas

• Profissionais mais valorizados e bem-preparados para o mercado de trabalho

• Colocação do indivíduo no papel de protagonista do próprio processo de desenvolvimento.

Esses são alguns dos métodos que aplicamos em nossos projetos e treinamentos e que qualquer pessoa também pode adotar e adaptar à sua realidade. É só falar com a gente! Ajudamos você a construir capacitações, workshops e treinamentos personalizados para cada necessidade. No mais, te convido a conhecer nosso site e se inscrever em nossa Takenews para conhecer sobre o que nos inspira, nossas frentes de atuação e o que podemos fazer por você.

Até a próxima,